sexta-feira, maio 27, 2011

Paulo Portas e o CDS

Ao contrário do entretanto transferido José Manuel Durão Barroso – que sabia que ia ser primeiro-ministro, só não sabia quando – Paulo Portas, o actual líder do CDS (antigo PP), sabe que vai fazer parte do próximo governo, só não sabe é com quem. Ou talvez não – vide as inflamadas, surpreendentes e laudatórias declarações do socialista Francisco Assis sobre Pedro Passos Coelho – mas isso serão avatares a seguir lá mais para a frente. Seja lá no que for que dêem as prometidas e nunca assumidas coligações pós-eleitorais, o certo é que Paulo Portas é destacadamente o grande vencedor da primeira semana de campanha eleitoral – lugar que, aliás, vinha ocupando desde o período da pré-campanha. O líder do CDS (antigo PP) preparou-se bem: desde logo, calou o que de melhor há em si (a facilidade intelectual com que defende pontos de vista extremos) e recentrou o partido numa direcção mais ‘eleitorável’: muito menos liberal e muito mais democrata-cristã, aumentando assim o segmento-alvo a que se dirige. Perde alguns incondicionais do liberalismo mais desabrido, mas ganha a massa de povo que fica com uma lágrima ao canto do olho sempre que encontra um pobre.


Por outro lado, Paulo Portas mostrou inegável mestria enquanto os responsáveis do FMI andaram a passear por Portugal, na tentativa de radiografarem as suas mazelas, descobrirem as suas fraquezas e desvendarem os seus estigmas. Não fez como o Bloco de Esquerda e o PCP – que se escudaram numa pouco feliz e levemente mal-educada recusa em irem ao seu encontro, como se não fizessem parte deste mundo e não demonstrasse bem mais coragem política irem dizer-lhes pessoalmente que não estavam interessados nas suas soluções. E principalmente não fez como o PS e o PSD – que transformaram o final de cada reunião com a ‘troika’ numa espécie de arena de vaidades saloias e num esgrimir de musculatura partidária que, salvo melhor opinião, não têm, nem tão pouco era para ali chamada. Inversamente, Portas assumiu-se como um dos parceiros das negociações e não andou todos os dias a deitar foguetes com as suas soluções, como se o FMI (e restantes comandos externos) não passasse de um impertinente vizinho que teima em vir regar as plantas do nosso próprio quintal.

quinta-feira, maio 26, 2011

A imoralidade das alterações de spreads

Todos nós sabemos que os bancos portugueses andaram a facilitar. Facilitaram na altura do crédito fácil, seduzindo as pessoas com spreads miraculosamente baixos, com financiamentos a 100%, etc. Facilitaram também, por exemplo, com a dívida pública, mas isso não releva aqui.

O que interessa é que agora que os bancos perceberam as asneiras, ou melhor os custos das asneiras que fizeram, pretendem utilizar quaisquer desculpas para alterar unilateralmente os spreads de empréstimos em curso, recorrendo às letras miudinhas dos contratos que todos os devedores assinaram.

Bem sabemos que em Portugal há uma longa tradição de proteger os poderosos obrigando os fracos a pagar. Neste caso isso não devia suceder.

FAIT DIVERS

As declarações de Mário Soares e de Nobre Guedes (quem diria) sobre a possibilidade de um governo PS/CDS após as eleições são pura e simplesmente dislates de campanha eleitoral que pretendem favorecer o PS ou o PSD (não sei qual dos dois prefere o quê).
Só que esse entendimento, para tranquilidade do nosso Douro e do país, não é efectivamente possível ainda que num cenário de catástrofe, dado o enorme abismo político que os separa na esmagadora maioria dos temas. Um dos partidos teria de mudar a sua natureza e suicidar-se e não há líder nenhum, seja Paulo Portas ou Sócrates, que tenha essa capacidade.
A única coligação estável que pode resultar destas eleições, para além do improvável e indesejado bloco central, é entre o PSD e o CDS, seja quem for que fique em primeiro lugar. O país espera que o PSD, se constituir maioria com o CDS, esteja à altura das suas responsabilidades e que cumpra o seu dever assumindo a coligação e o governo, independentemente de ficar à frente do PS ou noutro lugar qualquer.

Peça um disco


Há quem lhe chame « música de elevador ». O metro de Bruxelas difunde nas suas estações umas músicas suaves para entreter os passageiros enquanto não chega o próximo.

Bruxelas tem uma população maioritariamente francófona, mas há também uma presença flamenga extensa e activa. Por ter havido muitas queixas a protestar contra a música predominantemente francesa nas estações, o Metro da auto-proclamada capital da Europa tomou uma daquelas decisões salomónicas que nos fazem sorrir: nem música francesa, nem música neerlandesa. A partir de agora há uma lista oficiosa da música que pode sair daqueles alti-falantes: 70% será em inglês, 15% será em italiano e 15% em espanhol.

Consta que os passageiros apreciam.

terça-feira, maio 24, 2011

As cinzas islandesas já toldam alguns

O problema do país é o PS e os que nele votam.
Sócrates não é chefe daquilo por mero acaso: e, se como se demonstrou no congresso da malta, “o PS está comigo”, então o Sócrates é o chefe adequado da turba, é o espelho dela, ou seja, uma carneirada de socratinhos, chamem-se eles vitorinos, medeiros ou outras pomposidades.

Parece que ainda há pessoas na auto-proclamada direita que admitem deitar-se com a seita. Cada um é livre de procurar couves e avenças como melhor entender, mas é bom que saiba que é tão ladrão o que vai à horta como o que fica à porta. Afinal, verifica-se que os “nim” estão onde menos se espera. Cuidado, não vá estatelarem-se nessa “terceira” via.
मैं 150000 नौकरियों मिलेगा
(vou arranjar 150000 empregos)

e assim se faz campanha !?!?!?!?

PS vai na queda

Na sexta sondagem do jornal Público o psd consegue pela primeira vez desempatar com o Ps e o CDS mantêm-se nos 12%. Claramente a coisa começa a compor-se e vemos o partido socialista em queda e o BE a voltar ao lugar donde nunca deveria ter saído. E espero que a poção da Alice no País das Maravilhas desapareça quando aquela malta atingir os 2%.

Mas voltando ao que interessa, sente-se que o CDS atingiu um patamar do qual só pode crescer e que dessa forma é claramente vital e útil para uma governação após o dia 5 de Junho.

segunda-feira, maio 23, 2011

...

Não obstante o estado do país, temos passado umas semanas cansativas. É que têm sido muitos festejos...

Agora vamos fazer uma pausa, e pelo menos até ao São João vamos andar mais contidos. Mas sempre que for possível, lá voltamos ao assunto: que grande época!

A Palma são 118 gramas de ouro


Se apenas falarmos de um dos grandes hotéis da « Croisette » (Cannes), foram 50 Kilos de caviar, 2 toneladas de lagosta, 350 kilos de fois gras e champagne a rodos durante os doze dias. O festival acabou e os 4500 jornalistas que por lá andaram regressaram às redacções cheios de fotos e de mexericos.

O mundo do cinema é um conto de fadas e de bruxas e mete santos e patifes, mas chegam todos de limousine alugada a 6.000 euros por dia, mais o eventual guarda-costas que se paga 700 de jorna. Os mirones mais endinheirados alugam um iate de 80 metros por 120.000 ao dia e pagam 5.000 para se misturarem com as vedetas nos 24 degraus vermelhos no dia de abertura ou de encerramento.

Agora andam uns magrebinos a recolher as 20.000 plantas que adornavam os locais e amanhã vamos nós ver os filmes, entre pipocas e o gelado do catraio a besuntar-nos as calças. Sempre gostei de ir ao cinema, mas estes supermercados de ilusão e de berloques me dégoutent. Tou a envelhecer.

domingo, maio 22, 2011

FCP, Vilas Boas e o ano do dragão

Apesar de ser boavisteiro, e só boavisteiro, não fico com a lucidez afectada como por norma ficam os adeptos futeboleiros. Claro que me custa ver um clube rival, e que agora olha para nós com pena e compaixão quando no passado nos sentia como um osso duro de roer, ganhar tudo o que havia para ganhar. Mas numa análise fria e realista temos que reconhecer que foram a melhor equipa portuguesa durante este ano. Os número são esmagadores, mas mais do que isso foi esmagadora a forma como foram ultrapassando os seus adversários e, acima de tudo, como conseguiram gerir a sobranceria que se poderia ter apoderado dos seus jogadores. É por demais evidente que a máquina portista está bem oleada e funciona na perfeição. Veja-se que pelo contrário o sporting já começa a dar tiros na sua estrutura e acabaram de eleger uma nova direcção. A tudo isso a máquina portista responde com trabalho e mais trabalho.

Por isso mesmo é justo dizer que este ano é uma vez mais uma vitória de Jorge Nuno Pinto da Costa, líder supremo do FCP. Mas julgo que todos reconhecemos os méritos e qualidades do jovem treinador que no seu primeiro ano como líder de uma equipa de topo soube aguentar a pressão e acima de tudo aproveitar ao máximo as potencialidades dos seus jogadores. Veja-se por exemplo os casos de Beluchi primeiro e Guarin na segunda metade do campeonato. A fasquia de André Villas Boas agora ficou altíssima, o que será seguramente um grande desafio e que tornará a próxima época ainda mais interessante.

Com este ano de conquistas o FCP iguala ou ultrapassa o Benfica em número de troféus. Era chegada a hora de mudar as mentalidades e os comportamentos. O FCPorto é sem dúvida uma das marcas da cidade e do país. O FCPorto deixou de ser um clube de cidade para ser um clube nacional. bastava ver o número de pessoas que em Lisboa festejaram a conquista da Liga Europa. Eu vi pois estava lá. E por isso eu gostava mesmo era que um dos principais simbolos da minha cidade conseguisse largar a capa de provincianos que tanto nos acusam e de se assumir como um líder nacional. Mas isso são contas de outro rosário.
Agora é tempo de saudar os vencedores.

adenda: eu quando digo que estava lá, era em Lisboa e de regresso ao porto passei na av da republica. não estive aos saltos a festejar. nada de aberrações.

As mulheres que eu ouço (7)

Eu tenho dois chapéus, que em nada são iguais...

O senhor Vieira da Silva, com o seu chapéu de ministro da economia (que no governo tutela as questões da concorrência), aceitou a análise e subscreveu o memorando de entendimento com a troika (o tal que o seu chefe qualificou como um bom acordo), cujo último capítulo prevê a implementação de diversas medidas susceptíveis de fomentar a concorrência e, consequentemente, a competitividade da nossa economia.

O senhor Vieira da Silva, agora com o chapéu de candidato a deputado pelo PS, rejeitou a análise do FMI quanto à falta de concorrência como o principal problema económico português.

Segundo O Económico: "Estou longe de considerar que as deficiências [na concorrência] sejam responsáveis pela debilidade da nossa competitividade", disse Vieira da Silva, que falava à agência Lusa enquanto cabeça de lista do Partido Socialista pelo distrito de Setúbal, à margem de uma acção de campanha eleitoral, na noite de sábado.

Dúvidas não poderão existir que não é indiferente quem irá (ou com quem se irá)implementar as medidas do memorando.

sexta-feira, maio 20, 2011

Ainda sobre este tempo

Vale a pena ler Henrique Raposo, A Tempo e a Desmodo

http://aeiou.expresso.pt/manuel-clemente-um-bispo-xpto=f649055

quinta-feira, maio 19, 2011

A propósito deste tempo em que estamos

“Não é difícil perceber que estamos neste mundo sem o ter escolhido, como não escolhemos a família, as circunstâncias, a data ou o sítio em que nascemos.


Fomos escolhidos por alguém.


Fomos escolhidos por Deus, que nos deu a vida com um propósito: fazer de nós seus filhos e comunicar-nos a sua felicidade.


Também nos atribuiu uma missão e uma vocação.


Vamos agradecer o dom da vida a Deus e corresponder-lhe realizando a vocação a que nos chama!


NÃO HÁ SOLUÇÕES, HÁ CAMINHOS - Vasco P. Magalhães, sj “

Convite

Convite
Recepção ao Sporting Clube de Braga

O Presidente da Câmara Municipal de Braga convida os Bracarenses, Simpatizantes e Adeptos do Sporting Clube de Braga a associarem-se à recepção que o Município de Braga promove às 12h00 de amanhã (sexta-feira, 20 de Maio) à Administração e Equipa de Futebol finalista da Liga Europa.
Câmara Municipal de Braga, 19 de Maio de 2011
P'O Gabinete de Comunicação

(João Paulo Mesquita)
_________________________________________________________________________
Para eventual contacto, utilize 253 203 153 - 966 787 083 - comunica@cm-braga.pt
www.cm-braga.pt ; http://municipiobraga.blogspot.com

quarta-feira, maio 18, 2011

O espelho...

No seguimento do meu post anterior, Carlos Abreu Amorim (CAA) escreve no seu último artigo de opinião na da revista “Notícias Sábado”, do Jornal de Notícias e Diário de Notícias, que “o CDS não é alternativa de governo mas apenas poderá vir a ser parceiro de uma”. Esta frase realmente não poderia espelhar melhor a história política de CAA.

CAA tem ao longo da sua vida política sido parceiro de diversos partidos e políticos, e as suas ideias alternativas a mudar nada.

Lembro-me quando era filiado no CDS e ambicionava um dia ser presidente da distrital do Porto, mas acabou por nunca ser.

Recordo quando saiu do CDS para ir para o Partido da Nova Democracia, onde pensava que ia ter um elevado protagonismo, mas acabou por não ter.

Depois passou à fase de apoiante e grande defensor de Rui Rio, integrando inclusivamente a sua comissão de candidatura à Câmara Municipal do Porto, na certeza que as suas inteligentes opiniões seriam ouvidas, mas acabaram por não ser.

Agora é candidato a deputado do PSD por Viana do Castelo (não se sabe ainda por quanto tempo!), terra que sempre foi tudo para ele não lhe dizendo ao mesmo tempo nada.

Enfim, CAA é daquelas pessoas que há muitos anos é político querendo mostrar que não o é; que se ouve mais a ele do que é ouvido pelos outros; que está a cima de tudo e de todos não o estando.

E já agora, dado que é candidato, talvez não lhe ficasse pior não utilizar os seus espaços de comentador isento e não de político, para criticar os adversários…

O voto des(útil)!

No inicio da semana Fernando Nogueira começou a acenar com o "problema" do voto cds. Hoje é Luís Filipe Menenes no Jornal de Notícias que afirma que "votar CDS é votar Sócrates", nos próximos dias outros personagens politicos do PSD voltarão à carga.

É que o PSD é o partido mais interessado nas sondagens que têm sido publicadas, como os crescentes comentários bem o demonstram. O PSD sabe que quanto mais em cima estiver nas sondagens mais votos perde. Portanto, há que apelar ao voto útil acenando ao fantasma de que o Socrates pode ganhar.

Mas tal como temos recentemente assistido, mais um pontapé na pedra do PSD. Existe uma grande margem de eleitorado flutuante, que normalmente oscila entre os partidos do bloco central, que está muito desiludida com o voto que deu nas últimas eleições ao PS e que pode ser facilmente cativada pelo PSD. Para além disso, estes votos são muitos mais do que as potenciais transferencias de voto do CDS para o PSD.

Enfim, mais um erro de estratégia do PSD que pode sair muito caro... É que o voto útil que lhes pode fazer ganhar as eleições está no flutuante do Bloco Central!

Uma barrela a seco


Quando foi primeiro-ministro de Portugal, Durão Barroso nomeou uma comissão para estudar e proceder à reforma da Administração Pública portuguesa. Entregou a presidência dessa comissão ao Deus Pinheiro, o que é o mesmo que dizer que pôs o caddie a dar a tacada, com ferro curto, num push-hook que afinal aterrou num bunker. Numa palavra: um flop.

Hoje, num daqueles discursos em que é vezeiro a dizer banalidades e num tom de Pilatos moralista, veio incentivar Portugal a aplicar correctamente o programa de ajustamento negociado com a troyka internacional, por muito doloroso que seja. Fê-lo na sessão de abertura do ‘Brussels Economic Forum’, uma dessas conferências anuais organizada pela Comissão Europeia.

Há gente sem vergonha.
Durante quanto tempo ainda teremos de os aturar?

Venha o diabo e escolha

Logo à noite estou numa condição especial:
Ganhe quem ganhar fico contente.
Por um lado, se ganhar o FC Porto é mais um prémio para o melhor clube nacional, indiscutivelmente, e que mais tem dado ao futebol português.
Por outro, se ganhar o Sp.Braga é uma excelente recompensa pelo trabalho que ali tem sido feito, e pode de uma vez por todas catapultar o clube para junto dos "três grandes". Lugar que devia ser ocupado pelo meu Boavista.

segunda-feira, maio 16, 2011

Uma voz incomoda

Orlando Castro tem duas grandes virtudes. Uma é deixar que eu seja seu amigo. A outra é não se calar mesmo que muitas vezes o queiram. Agora escreveu mais um livro sobre o seu tema de eleição: Angola. Só que desta feita sobre Cabinda. Polémico e sem medo da verdade como só ele sabe ser. Continua assim amigo.

Capuchinhos vermelhos


Em 2007, a filha de um eleito local socialista francês (a jornalista Tristane Banon, na foto) revelou que em tempos decidira entrevistar uma série de políticos. Um dos entrevistados prometeu-lhe responder mais detalhadamente num outro dia, indicando-lhe um endereço que não era nem o seu escritório nem o seu domicílio. Quando a rapariga ali se deslocou, o tal dirigente socialista tentou violá-la. A rapariga denunciou o acontecimento mas ninguém lhe deu crédito.

Anteontem, o mesmo político francês envolveu-se numa alegada tentativa de violação de uma empregada do hotel quando esta se preparava para fazer a limpeza do quarto, que ela julgava já estar vazio.

Uma coisa é a vida privada de cada um, os seus “affaires” ou ‘facadas’ no matrimónio, outra obviamente é o uso da violência: a tentativa de violação é um crime que deve ser exemplarmente punido, independentemente do estatuto social do seu autor.

Em Israel, o Chefe de Estado foi forçado à demissão e condenado a prisão por violação de uma colaboradora. Desta feita, que se faça igualmente justiça e se condene o criminoso rapidamente, seja o alegado violador ou a eventual fabuladora.

domingo, maio 15, 2011

Justiça para o Boavista em 2013

Ao ler o documento do Triunvirato (ok adoptei o dicionário de Paulo Portas) fiquei com a ideia de que o Boavista na época 2014/2015 vai jogar na 1ª Liga. Ora vejam lá se não concordam:

7.1. Intensificar a aplicação das medidas propostas no âmbito da Reforma do Mapa Judiciário. Conduzir uma auditoria aos processos em atraso a fim de melhor orientar as medidas a implementar (2T 2011). Eliminar os processos pendentes nos tribunais até (2T 2013).

Esta medida é sem dúvida fundamental para termos uma economia a funcionar. Quantos milhões de euros estão parados em gavetas de juízes? e quantos advogados se vangloriam de entupir os tribunais? e quantos e quantos se riem e usufruem deste estado de coisas?

Viva a troika

Estas três palavras foram ditas em voz alta seguida de danças festivas por um amigo meu. A razão de tão efusiva comemoração foi o ponto 3.70 do documento da troika que aqui reproduzo:

Serviços hospitalares



3.70. Estabelecer um calendário vinculativo e ambicioso para limpar todas as contas a pagar (contas a pagar aos fornecedores nacionais com uma idade superior a 90 dias) e introduzir procedimentos de controle dos compromissos padronizado para todas as entidades para evitar o ressurgimento de contas em atraso. (3T 2011)

E atenção que ao contrário dos programas politicos estes rapazinhos colocaram umas datas e 3T 2011 quer dizer terceiro trimestre de 2011. Até tenho pena de quem vier a governar portugal.

TSU

TSU e pentelhos são os dois temas do momento. A primeira há quem a prefira em crescendo e muitas vezes outros há que a preferem maior mas de uma vez só. Quanto aos pentelhos não percebi as preferências mas estou em crer que até aqui as opiniões divergem. Já agora quanto à TSU eu prefiro-a de uma só vez e em valor que se veja. Com critérios, com normas e com controle. E volto a centrar que a aposta deveria ser feita em especial nas PME. São elas que vão continuar a dar emprego a muitas e muitos trabalhadores e esses valores podem fazer a diferença. Já o defendi no Grande Porto e foi com agrado que ouvi António Mexia dizer o mesmo e acrescentando que empresas como a EDP não fazem mais investimentos nem apostam mais em ID por verem a sua TSU diminuida. Esses sim engordam os lucros. As PME podem ser que vejam a sua tesouraria desafogada, que sobre algum dinheiro para investir na melhoria dos seus equipamentos ou até para decidirem não despedir um ou outro trabalhador. Vai daí prefiro uma TSU forte com controle.

quinta-feira, maio 12, 2011

Afinal Deus existe! E tem profeta...

Um destes dias, Deus, muito insatisfeito com a Humanidade e os seus pecados, decidiu pôr fim a tudo. Reuniu então todos os líderes mundiais para lhes comunicar pessoalmente a sua decisão de acabar com a humanidade em 24 horas.

Deus disse: "Reuni-vos aqui para vos comunicar que extinguirei a humanidade em 24 horas".

E o povo dizia: "Mas, Senhor..."

Nada de MAS, este é o limite, a humanidade vai abandonar a Terra para todo o sempre!

Portanto, voltem aos respectivos Países e digam ao Povo que estejam preparados. Têm 24 horas!

O primeiro a reunir o povo foi, Obama. Em Washington DC, através de uma mensagem à nação, Obama disse: "Americanos, eu tenho uma boa notícia e uma má notícia para dar.

  • "A boa notícia é que Deus existe e que ele falou comigo". Mas, claro, já sabemos disso.
  • A má notícia é que esta grande Nação, o nosso grande Sonho, só tem 24 horas de existência."Este é o desejo de Deus".

Fidel Castro, em Havana, reuniu todos os cubanos e disse-lhes:

  • "Camaradas, povo Cubano, tenho duas más notícias.
  • A primeira é que Deus existe... sim, eu vi-o, estava mesmo à minha frente!!! Estive enganado este tempo todo...
  • A má notícia é que em 24 horas esta magnífica Revolução pela qual tanto temos lutado, vai deixar de existir."

Finalmente, em Portugal, José Sócrates dá uma conferência de imprensa e proclama: "Portugueses, hoje é um dia muito especial para todos nós. Tenho duas boas notícias.

  • A primeira boa notícia é que eu sou um enviado de Deus, um mensageiro, porque conversei com ele pessoalmente.
  • A segunda boa notícia é que, conforme constava do Programa do Governo, e apenas em 24 horas, serão Erradicados para sempre o desemprego, o analfabetismo, o tráfico de drogas, a corrupção, a pedofilia, os problemas de transporte, água e luz, habitação, nada de burocracia, e o mais espectacular de tudo: O IVA vai acabar assim como a miséria e a pobreza neste País!!! O Governo cumpriu tudo o que prometeu!!!

quarta-feira, maio 11, 2011

A candeia de Diógenes


Obviamente já estamos em campanha eleitoral.

Seria muito importante que os partidos explicassem que a primeirissima prioridade é a de expulsar o PS do poder. Os que não se demarcarem claramente dessa agremiação nociva e semi-mafiosa tornam-se coniventes do crime continuado em que se traduziu a governação socialista. Não se trata de afunilar a critica ao rosto do chefe de bando: Sócrates existe porque há todos os outros, os que estão com ele, lhe pagam quotas e calam, excepção do tal Rómulo que não bebe o leite da loba. O Partido Socialista merece o destino do PS italiano de Craxi: a dissolução e a responsabilização penal dos seus dirigentes.

A outra prioridade seria a de falar verdade aos portugueses. Infelizmente, e apesar das lamentações piegas dos encartados do bom-senso, a verdade é coisa demasiado indigesta para os restantes figurões. Veja-se a pressa com que decidiram que não se faria nenhuma auditoria independente às contas do Estado. ‘Votem calados e ignaros, mas preparem-se para sofrer’ – é o mote.

A direita assinou o memorando da troika porque tinha uma pistola apontada à cabeça. A esquerda esbraceja umas vulgaridades sobre as viúvas mas é absolutamente incapaz de apontar uma alternativa que não seja um mero retorno aos slogans do Prec.

Ora o que está escrito a letra invisível no memorando da troika é a reestruturação da dívida, com perdão de 40%, e a saída do euro. Ou isso ou a entrega do país aos bávaros, sob capa de uma dita federalização da governação europeia.

A tragédia não é apenas o desastre a que a governação socialista nos conduziu. A verdadeira tragédia é este teatro de sombras em que uns tantos fingem que serão os melhores a aplicar uma receita que vai matar o doente, com aquela ‘compaixão’ sinistra com que o médico esconde ao moribundo que o fim é inelutável.

Ora eu, que não gosto de carne de avestruz, só entregarei o meu voto aos "loucos" que sejam capazes de falar verdade. Entretanto, acendi a candeia...

À atenção do Dr. Portas, que gosta de falar do "curralito"

http://www.nytimes.com/2011/05/10/opinion/10weisbrot.html?ref=global

From Finland with love


Miguel Lume

terça-feira, maio 10, 2011

Importa-se de repetir?


Ontem, 9 de Maio, a União Europeia, num daqueles actos viris para os quais acumula energias e viagra entre duas comemorações do dia da Europa, decidiu impôr um embargo à exportação de armas para a Síria, “armas que poderiam ser utilizadas para a repressão interna”.

As manifestações de rua contra a ditadura policial do oftalmologista-presidente Bashar al-Assad duram há longas semanas, com um rasto de mais de 700 mortos e cerca de 8.000 presos ou desaparecidos. E a coisa já não vai só a tiro de metralhadora, pois o regime pôs os seus tanques nas ruas. Repito: isto dura há semanas, mas a UE precisaria de um oftalmologista que não presida coisa nenhuma mas seja capaz de receitar pelo menos uns pares de óculos para os estrábicos europeus, já que a experiência demonstra que não há otorrino que lhes valha, tal a surdez face aos gritos dos torturados (talvez por estarem ao mesmo tempo ocupados a negociar um acordo Síria/UE).

Parece que também há uma lista de 13 nomes de responsáveis que a partir de hoje já não poderão ir aos desfiles de moda a Paris ou aos saldos de Milão, mas isso faz parte da fantochada habitual de contas ditas congeladas de uma dúzia de apaniguados: se calhar um deles é o motorista e uma outra a mulher-a-dias. Mas uma coisa é certa: nenhum é o al-Assad. Isso de chatear o Bashar vai mais devagarinho.

Se tudo isto não é uma pantominice, o que é que poderá ser?

segunda-feira, maio 09, 2011

DESPERDÍCIOS

Miguel Relvas foi destacado pelo PSD para dizer que votar no CDS era um desperdício. Isto, desde logo, é um sinal de desespero e revela que algo está a correr muito mal no PSD. Desperdício será votar no PSD de Relvas e de outros companheiros que não desperdiça uma ocasião para mostrar impreparação, desorientação e ausência de políticas e de soluções.

já agora

Hoje é dia 9 de Maio, Dia da Europa

domingo, maio 08, 2011

E se o centro for à borda?



Ser periférico tem custos.
Mas mais gravoso que os custos da distância e do tempo para a percorrer, é esta nossa maneira de olhar para o resto do continente com um misto contraditório de indiferença e de respeitinho. Saltitamos da fanfarronice para o mais abjecto mimetismo, e vice-versa.

Quatro golos do Ronaldo ao Sevilha ou duas equipas tugas numa final europeia de segunda e eis-nos outra vez na Índia. Exportamos um mordomo para Bruxelas e é como se tivéssemos redescoberto o ouro do Brasil.

Quando importamos ideias, é pela rama, é tarde e com pouco ou nenhum espírito crítico. E raramente nos damos ao trabalho de produzir as nossas e ainda menos de as pensar como exportáveis.

Por alguma razão os mais valorosos pensadores portugueses (embora haja uma ou outra excepção) são pessoas que trabalham ou viveram fora: José Gil, Jorge de Sena, Eduardo Lourenço, António Damásio, etc.

E contudo, numa época em que o sonho europeu parece esboroar-se às mãos da tacanhez de líderes sem visão, num momento em que o país sucumbe à política-lux-caras de dirigentes pimba e numa altura em que a norte reaparecem vendedores da pasta medicinal Couto, qual nova banha da cobra, era importante sair do quadrado e pensarmo-nos como centro.

sexta-feira, maio 06, 2011

тройка

Óleo de Dubossarsky Vinogradov - 1995

http://pnorte.blogspot.com/2011/05/blog-post.html?spref=fb

Troikas e baldroikas

Desta feita o Norte não se deixou intimidar pela capital. Não encomendou nenhuma, mas criou a sua própria troika (FCP, SCB e VdG).
Que animarão, ora a final de Dublin, ora a do Jamor.
Desculpem-me este pequeno orgulho...

quinta-feira, maio 05, 2011

Ulrich sem papas na língua

Fernando Ulrich é sem sombra de dúvidas uma voz desassombrada e que diz o que tem a dizer. Sem medo. As suas declarações de hoje são no mínimo bombásticas. Aqui fica um excerto:

O acordo alcançado entre o governo e a "troika" é o melhor que podia ter acontecido em Portugal, considerou o presidente do BPI, que falava numa conferência na Universidade Católica, no Porto.



«É um excelente programa. Obviamente que se entrasse agora na análise medida a medida há umas de que gosto mais e outras de que gosto menos. No conjunto penso que é um bom programa adequado às necessidades do país», comentou.

Para o presidente do BPI, as políticas públicas foram o maior falhanço dos últimos anos e há muito que o pais precisava de mudar o caminho, prova disso é o conteúdo do acordo.


«Se compararmos estes documentos da "troika" com aquilo que o PS fez, não só para chegar ao poder como desde que está no poder, não há contradição maior, mas se eles estão contentes em vir também fazer o programa que o país precisa, que por acaso é mais do partidos da oposição, óptimo», acrescentou.

E se ainda houver gente que acha que o PS de Sócrates é uma viabilidade recomendo a mesma universidade que Ulrich sugeriu para se perceber como aqui se chegou: a de psicologia.

quarta-feira, maio 04, 2011

É UM SER HUMANO, QUE DIABO

Não tenho nenhuma admiração por Teixeira dos Santos e acho que foi cúmplice de Sócrates no desastre mas faz-me pena ver um homem destroçado desta maneira.

A situação

Pois o chefe de família chegou à mesa e disse:


-" Malta vai tudo correr bem, apesar da crise vamos continuar a ter bebida à mesa. Àgua, fresquinha!


O pior é que alguém vai ter que dizer que não vai haver comida. Quem se oferece?

terça-feira, maio 03, 2011

A máquina da propaganda socialista

Custa-me mas tenho que reconhecer que a máquina de propaganda socialista é boa e aos poucos vai rasteirando os laranjas que teimam em tentar perder estas eleições. (se não o fazem de propósito parece)

Quando da não aprovação do PEC IV o governo disse que vinha aí o carmo e a trindade. Que os partidos da oposição eram irresponsáveis e que agora o caos era eminente.

Depois tivemos o desaparecimento em parte incerta do ministro das finanças que forçou, ou pelo menos antecipou, o anúncio do pedido de ajuda com a sua entrevista ao jornal de negócios.

Estou de volta

Prontos, tá feito. A peça avariada lá me foi tirada e eu, já recuperado da tiração, cá vou retomando a normalidade.

No final, o tirador tinha cara de satisfação com a tiragem feita. Pelo menos assim me pareceu. Ou assim quis que me parecesse…

À saída fiquei algum tempo a contemplar o edifício e a tentar perceber qual das suas janelas albergaria agora a minha peça avariada (foi para análise, disseram).

A janela até poderia ser nas traseiras. Inclinei-me, pois, tão respeitosamente quanto os agrafos me permitiram, perante a fachada central daquele edifício onde, pelo menos para já, jazia aquela peça que até hoje fizera parte de mim e sempre acompanhara a minha vida, tanto privada como social, assim lhe acenando um definitivo adeus, pois que dela agora apenas receberei um póstumo relato analítico.

Desconheço que destino lhe virá a ser dado, mas imagino que, pelo menos a final, acabará por seguir para incineração, quiçá mesmo como mero resíduo hospitalar e sem qualquer dignidade.

Porém, como no caso a tiração ocorreu na capital do (ainda) reino dos belgas que, para além de capital europeia, também se arvora em capital da Europa, acabei por dali abalar com um maroto sorriso de cumplicidade com o vulcão islandês.

segunda-feira, maio 02, 2011

Os Príncipes

Na Florença renascentista, Maquiavel afirmava que “nas acções dos Príncipes, em que não existe tribunal a que recorrer, o que importa é o sucesso das mesmas”. “Procure, pois, um Príncipe, vencer e manter o Estado: os meios serão sempre julgados honrosos e por todos louvados, porque o vulgo sempre se deixa levar pelas aparências e pelos resultados, e no mundo não existe senão o vulgo; os poucos não podem existir quando os muitos têm onde se apoiar”.


Vem isto a propósito do calendário político que se vive em Portugal e de como o mesmo tem sido sublimemente conduzido pelos actuais responsáveis partidários. Um dos aspectos que mais impressiona na trágica situação nacional que atravessamos é que, paradoxalmente, ela resulta da enorme competência e engenho político dos seus protagonistas.

GOOD BYE

Admito, como por aí se vai dizendo, que a morte de Bin Laden possa não afectar significativamente a operacionalidade da Al Qaeda. Seja como for, a operação militar no Paquistão tem um importante e fundamental efeito dissuasor na luta contra o terrorismo que a nós muito aproveita: revela que o braço dos americanos é longo e não desiste.

Um dia isto vai acabar mal

A paciência vai-se esgotando, não só a minha que achava eu ser infinita e aos poucos venho descobrindo que é finita mas também a do povo em geral. Ou pelo menos dos que tenham alguma decência, alguma memória e acima de tudo algum amor próprio.

Ler e ouvir José Sócrates começa a ser insuportável. Normalmente conto até 10 e procuro convencer-me que a minha irritação advém do facto dele ser socialista e eu não. Mas dou conta que já estou na casa dos milhares e a irritação em vez de desaparecer aumenta e com ela o risco de partir a televisão.

É humanamente possível continuar a ouvir alguém que desbaratou milhares de milhões, que nos enganou, nos mentiu, nos saltou para as costas e gozou e ainda assim continuar como se nada fosse, como se ele fosse o único patriota, o único que zela pelo nossos interesses? Não, não é humanamente possível. Foi então que descobri que Portugal é local priviligiado para a existência de zombies e outros seres galácticos pois apesar destas evidências existem ainda 30% de alminhas que dizem ir votar no homem.

Mas ainda assim consigo controlar a minha furia na casa dos 80 mil milhões, com suores frios e unhas roídas, e decidir que vale a pena continuar a trabalhar, a pagar os meus impostos, a educar os meus filhos nos príncipios da honradez do respeito pelos outros e pelo amor à pátria. Só que está dificil pois eles já lêem jornais e ouvem noticias e perguntam se vale a pena com tanto aldrabão à solta.

Não sei onde isto vai parar. Mas confesso que não auguro nada de bom.

domingo, maio 01, 2011

Há um ano atrás...

"Há um ano atrás...


Este vídeo tem um ano!

http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/sinais-de-fogo/2010/4/portugal-e-a-bancarrota27-04-2010-01211.htm

Miguel Lume"

A tentação é no que dá

A prestação não foi muito vista e menos ainda mediatizada nas redes sociais. Como tal poucos terão visto. Mas ainda assim aqui fica a nota e o alerta para outros sedentos.

A cena passasse após o jogo Paços de Ferreira-Guimarães e no qual este perdeu por 2 a 1, tendo terminado o jogo com dez por expulsão de um seu jogador com nome indecorável e nacionalidade garantidamente que não portuguesa que viu 2 amarelos por simulações dentro da área no entendimento do árbitro.

Claro que havia que justificar a derrota e toca que o Presidente do Vitória apareceu na conferência de imprensa a atacar tudo e todos e a ameaçar deixar o futebol pois o seu clube tinha sido roubado em dois penalties descarados.

Mas azar dos azares o árbitro acertou nas duas vezes, ou seja em nenhuma delas é penalti e a segunda é clarissima a simulação do rapaz impronunciável.

Não existe ninguém que veja os jogos e depois avise as tropas para não fazerem figuras tristes? ou isso virou desporto nacional? E não poderiam os jornalistas questionar a veracidade das afirmações (partindo do principio que tinham visto o jogo e não sofriam de problemas de visão....)

Fica assim a nota para todos os que têm que gerir malta com "má visão" e muita sede de protagonismo. No futebol como na politica.

Simples curiosidade

Na sexta foram 2 mil milhões a ver o casamento real em inglaterra.

Amanhã serão vários mil milhões a ver a beatificação do papa.

Monarquia e religião católica a chamar a si as atenções do mundo.